A decisão do presidente da França, Emmanuel Macron, de reconhecer o Estado da Palestina tem provocado atritos na política francesa. A controvérsia se acentuou com um debate sobre a proposta de hastear a bandeira palestina em edifícios públicos, expondo divisões internas e internacionais.
O primeiro-secretário do Partido Socialista, Olivier Faure, sugeriu a exibição do pavilhão em prefeituras. A ideia, no entanto, foi imediatamente rejeitada pelo governo. O ministro do Interior, Bruno Retailleau, invocou o princípio de neutralidade dos serviços públicos para justificar que a medida era ilegal. Gilles Platret, prefeito de Chalon-sur-Saône, também se opôs, classificando o símbolo como um instrumento de poderes hostis à França para desestabilizar o país.
A decisão de Macron gerou críticas de Israel, cujo primeiro-ministro o acusou de fomentar o antissemitismo. O presidente do partido de direita Reagrupamento Nacional (RN), Jordan Bardella, também condenou a iniciativa, argumentando que ela seria uma recompensa pelas atrocidades cometidas pelo Hamas.
No cenário internacional, no entanto, a medida ajudou a afastar a França do isolamento diplomático, já que o país se alinha a nações como Reino Unido, Canadá e Austrália nesse esforço. Ainda assim, a decisão por si só não garante uma resolução para o conflito no Oriente Médio.











