O governo cancelou o novo leilão do arroz após suspeitas de fraude. A (Conab) Companhia Nacional de abastecimento e o (MAPA) Ministério da Agricultura e Pesca, farão uma revisão dos mecanismos de leilão com apoio da AGU e da CGU.
Representantes do governo anunciaram que será feita uma verificação dos mecanismos com novos modelos para garantir a contratação de empresas com capacidade técnica financeira.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou a necessidade de transparência e avaliação da capacidade das empresas antes dos leilões. Ele afirmou, em coletiva de imprensa nesta terça, que a habilitação das empresas para participar do leilão era feita pelas Bolsas de Mercadorias e Cereais, e não pela Conab.
“A gente tinha compreendido que [o leilão] tinha sido um sucesso, 263 mil toneladas, num preço competitivo. E diga-se de passagem, tem empresas idôneas e com capacidade de executar a entrega neste leilão que ocorreu e tem outras que a gente tem dúvidas sobre sua capacidade. O que é fato dizer é que o mecanismo precisa ser dado transparência ao governo antes. Nós não podemos saber depois do leilão quem se habilitou e quem ganhou”, disse Fávaro.
O secretário de Política Agrícola do MAPA – Neri Geller, pediu demissão em meio às suspeitas de fraude e conexões questionáveis. “Coloquei o cargo à disposição. Não tenho apego ao cargo”, disse Geller à CNN.
A demissão veio sob a revelação de que Robson França, ex-assessor e sócio de Geller, atuou como corretor em parte da venda.
A CONAB foi autorizada a comprar, do Mercosul e de países que não fazem parte do bloco, até 1 milhão de toneladas de arroz, a um custo de R$ 7,2 bilhões. No entanto, um novo processo de pregão ainda não tem data definida.