O senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou ação movida por PSOL, PCdoB e Solidariedade, no Supremo Tribunal Federal, com objetivo de suspender todos os acordos de leniência no âmbito da Operação Lava Jato. Esses partidos sustentam que os acordos foram obtidos sob coação e uso de prisões preventivas prolongadas. Porém, o parlamentar destacou que a operação resultou em 278 acordos de leniência homologados, o que gerou o compromisso de R$ 22 bilhões a serem devolvidos aos cofres públicos.
“Muito estranho que esses partidos de menor expressão política, os ditos ‘nanicos’, vão ao STF depois de tantos anos confrontar esses acordos, sendo que eles foram firmados, na enorme maioria das vezes, sob provas robustas e confissões de corruptos, todos do alto escalão na hierarquia de empresas corruptoras, como diretores, presidentes ou mesmo os donos das companhias. Cabe lembrar que muitos desses acordos foram feitos com informações e o aval dos órgãos de investigação internacionais”, disse.
Girão também criticou a decisão da Suprema Corte que beneficiou Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, que havia sido condenado na Lava Jato. Segundo o senador, o ministro Dias Toffoli suspendeu todas as ações penais que estavam em curso contra Marcelo, mesmo ele sendo réu confesso. Afiadíssimo, Girão também citou Lula em seu pronunciamento.
“O STF, num dos maiores malabarismos jurídicos já vistos, mudou em apenas três anos o entendimento sobre a prisão em segunda instância por seis votos a cinco, preparando o terreno para a escandalosa decisão que suspendeu a condenação de Lula”, concluiu.
Fonte: Agência Senado