Sob o comando da então presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade (atual ministra da saúde do governo Lula), o Ministério da Saúde pagou à instituição em dezembro de 2022 valores quase oito vezes superiores aos praticados no setor privado por 3 milhões de testes de Covid-19, adquiridos por R$ 19,40 cada. Em contrapartida, na mesma licitação, outras 35 empresas ofereciam testes a preços menores, chegando a R$ 2,49 por unidade, representando um aumento de 679% no valor final em relação à concorrência.
Paralelamente, em 4 de dezembro de 2023, outro caso envolvendo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, veio à tona. A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) propôs que a ministra devolvesse aos cofres públicos R$ 11 milhões por danos ao erário. A apuração do TCU revelou que a ministra não comprovou a regularidade da aplicação de recursos repassados pela União em um contrato anterior com a Fiocruz, quando ela comandava a entidade. O tribunal destaca a necessidade de esclarecimentos sobre a utilização desses recursos, reforçando as preocupações relacionadas à prestação de contas.
Além disso, uma auditoria recente identificou erros na metodologia de um estudo da Fiocruz sobre o uso de drogas no Brasil, contratado pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas e Gestão de Ativos. O contrato, no valor de R$ 7,9 milhões, buscava embasar políticas de prevenção ao uso de drogas. No entanto, a apuração do TCU apontou descumprimento de itens contratuais e falhas na execução, levantando dúvidas sobre a eficácia das políticas públicas implementadas e a necessidade de uma gestão mais transparente e responsável.