O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, votou pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado. O julgamento dos acusados foi retomado nesta terça-feira (9) pela Primeira Turma da Corte. Seu voto foi o primeiro pela condenação do ex-presidente.
“Uma organização criminosa, constituída por um grupo político liderado por Jair Bolsonaro, não sabe que é um princípio democrático e republicano a alternância de poder. Não tenta se manter utilizando órgãos do Estado, não tenta se manter agindo, ameaçando gravemente, deslegitimando o Poder Judiciário do seu país e a Justiça Eleitoral”, apontou o magistrado.
O ministro refutou o advogado Matheus Milanez, que representa o general Augusto Heleno, que chamou Moraes de “juiz inquisidor” durante a sustentação oral. Moraes afirmou que o juiz não deve ser o que chamou de “samambaia jurídica”.
Ao citar as anotações feitas pelo ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem, o ministro lembrou que o deputado federal disse que o que foi escrito no documento eram “anotações particulares, ele com ele mesmo”. Alexandre de Moraes ironizou: “Uma espécie de diário, meu querido diário.”
Na semana passada, a defesa do líder da direita no país fez a defesa do réu. Os advogados Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno afirmaram que Bolsonaro é inocente e não há provas que o liguem à suposta tentativa de golpe, nem aos atos de 8 de janeiro ou o suposto plano de assassinar autoridades.











