Ao fim do primeiro turno das eleições municipais em todo o país, o que se viu foi um novo vexame da Esquerda. O PT, maior representante desse bloco, não elegeu nenhum candidato nas capitais. O resultado mostra o enfraquecimento da legenda, algo já percebido quando Guilherme Boulos, do PSOL, foi escolhido como representante do Partido dos Trabalhadores em São Paulo – o maior colégio eleitoral brasileiro.
Em pontos estratégicos, que deram a vitória a Lula em 2022, o eleitorado já partiu para outra direção. Foi assim em Belo Horizonte, Macapá, Salvador, São Luís e Recife, por exemplo. Em Natal, Cuiabá, Fortaleza e Porto Alegre, o Partido dos Trabalhadores segue na disputa, mas sem favoritismo.
Apesar dos números comprovarem tal derrota acachapante, a atual presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, afirmou que o momento é positivo e tentou isentar Lula deste cenário.
“Acho que o presidente Lula participou das eleições como ele pode. Ele é presidente da República, tem um Brasil para comandar. Tivemos problemas grandes como as enchentes, as queimadas, os problemas internacionais. Eu imagino que não podemos exigir do presidente uma dedicação da militância política como quem está fora da presidência da República. Tivemos um calvário grande de 2015 para 2020, até 2022, quando a gente consegue de novo a presidência da República disputando com o presidente que estava na cadeira”, afirmou em entrevista na TV.
Gleisi bem sabe a verdade.
O calvário do PT permanece.