A Petrobras está explorando a possibilidade de estabelecer uma subsidiária na China, uma medida cogitada após a visita oficial do presidente Jean Paul Prates (PT) e de dois diretores da empresa a Pequim. Durante essa visita, foram celebrados memorandos de entendimento com instituições financeiras chinesas e empresas locais, sinalizando o interesse da Petrobras em fortalecer seus laços com a China.
A empresa está atualmente em processo de elaboração de seu novo plano estratégico, previsto para ser divulgado no final deste ano. De acordo com os planos iniciais, a Petrobras planeja alocar uma parcela significativa, entre 6% e 15%, de seus recursos para a área de transição energética. É importante ressaltar que a China tem sido um parceiro de longa data do Brasil e da Petrobras, sendo um dos principais consumidores globais de petróleo e seus derivados, ao lado dos Estados Unidos.
Vale mencionar que a Petrobras já manteve um escritório na China no passado, embora este tenha sido encerrado durante a administração anterior. Desde então, a empresa tem concentrado suas operações na região em Singapura. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sublinhou a importância da China como parceira na estratégia internacional da empresa, o que fica evidente pelos acordos recentes assinados com dois importantes bancos chineses atuantes no setor de petróleo, gás e energia: o CDB (China Development Bank) e o Bank of China.
Esses acordos têm um prazo de cinco anos e estão em sintonia com o Planejamento Estratégico 2024-2028 da Petrobras, cuja divulgação está prevista para novembro. Prates disse que esses acordos desempenham um papel fundamental na fortificação da Petrobras e estão alinhados com os objetivos da empresa em termos de sustentabilidade e transição energética.
No entanto, é importante notar que, no mercado interno, a Petrobras enfrenta problemas desde o fim da política de paridade internacional de preços dos combustíveis. Isso tem impacto direto sobre os preços dos combustíveis no mercado doméstico e a saúde financeira da empresa, o que pode influenciar a percepção do consumidor brasileiro e tornar a notícia de expansão internacional menos relevante.