O governo Lula (PT) busca alternativas de arrecadação diante da crescente pressão para revogar o aumento do IOF sobre o risco sacado, mas cortar gastos para equilibrar as contas públicas não está no radar. Uma das principais apostas do Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad (PT), é utilizar recursos provenientes da Petrobras e de novas iniciativas no setor de petróleo e gás. O ministro já indicou que, caso o aumento do imposto seja derrubado, a solução será “arrumar dinheiro” com medidas estruturais envolvendo a estatal e concessões energéticas.
Entre as medidas em estudo está um pacote elaborado pelo Ministério de Minas e Energia com potencial de arrecadar R$ 35 bilhões até 2026, sendo R$ 20,25 bilhões já no próximo ano. As iniciativas incluem o Acordo de Individualização da Produção do Campo de Jubarte, concessões permanentes da ANP e novos leilões de exploração nas bacias de Campos, Santos, Espírito Santo e Pelotas. A estratégia visa atender ao Congresso, que resiste a novos impostos, sem abrir mão do aumento da despesa pública.
Apesar das dificuldades fiscais, o governo mantém a opção de ampliar tributos em operações internacionais e revisar subsídios em 2026, mas evita tocar em áreas sensíveis como o Fundeb, cuja previsão de alta ultrapassa 18% em 2025. A recente reunião entre Haddad, os presidentes da Câmara e do Senado e líderes governistas reforçou a prioridade em buscar receitas extraordinárias, sem sinalizar qualquer plano de corte de gastos, mesmo diante da deterioração fiscal.











