Lula reservou parte do domingo (26) para reuniões bilaterais durante sua participação na Cúpula da Asean, em Kuala Lumpur, Malásia. A expectativa é de que ocorra um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, embora ainda não haja confirmação oficial. O petista pretende usar a ocasião para tentar convencer Trump de que o Brasil mantém um regime democrático e respeita o estado de direito, pontos que têm sido alvo de críticas por parte da administração americana, especialmente diante de denúncias de violações aos direitos humanos.
A aproximação entre os dois líderes vem sendo articulada desde setembro, quando se encontraram brevemente nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Desde então, o governo Lula tem buscado viabilizar uma reunião formal, com apoio do Itamaraty. O embaixador Everton Frask Lucero afirmou que há janelas disponíveis na agenda para acomodar encontros bilaterais. Uma reunião com o presidente da Índia, Narendra Modi, já está confirmada para o mesmo dia, e Trump também estará presente na capital malaia.
Além da tentativa de reaproximação política, o Governo Federal busca reverter medidas de pressão adotadas pelo governo Trump, como a tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros, em vigor desde agosto. O petista também tenta negociar o fim das sanções contra autoridades brasileiras, como a proibição de operações financeiras nos EUA ao ministro Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky. A reunião entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado Marco Rubio, em 16 de outubro, foi considerada pelas autoridades do Planalto como “produtiva” e abriu caminho para o possível encontro presidencial.













