O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, revelou nesta quarta-feira (22) sua intenção de mover um processo por calúnia contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diretamente nos tribunais americanos. A decisão surge após Trump ter classificado Petro como um “bandido” e o ter acusado publicamente de ser responsável pela produção massiva de drogas no país andino. Em decorrência dessa retórica, Trump confirmou a suspensão de todos os subsídios americanos destinados à Colômbia.
Em declarações à imprensa, Trump elevou o tom das acusações, caracterizando Petro como um “cara mau” que está arruinando a Colômbia, um país que, segundo ele, produz cocaína e outras “drogas ruins” que são escoadas para os EUA, muitas vezes via México. O presidente americano justificou o corte de verbas, alegando que o líder colombiano não combate o narcotráfico e que os subsídios anteriores representavam um “roubo de longo prazo”. Trump chegou a advertir Petro para “tomar cuidado”, sugerindo que os EUA poderiam tomar medidas sérias contra o presidente e a Colômbia, definindo a situação como uma “armadilha mortal”.
Utilizando sua conta na rede X, Petro afirmou que se defenderá “legalmente perante advogados americanos” das calúnias lançadas por “autoridades de alto escalão” em solo dos EUA. O presidente colombiano aproveitou para reiterar sua oposição a “genocídio e assassinatos cometidos pelo poder” e, apesar da disputa, estendeu a mão para a cooperação internacional. Ele garantiu que a sociedade americana terá o auxílio da Colômbia para combater o narcotráfico, desde que a luta seja realizada em parceria com “os Estados que desejarem a nossa ajuda”. A ofensiva de Trump faz parte de um esforço maior de repressão aos cartéis na América Latina, que inclui pressões diretas sobre o regime de Nicolás Maduro na Venezuela.











