França decide construir prisão para radicais islâmicos perto da fronteira brasileira

Redação 011
2 Min
França decide construir prisão para radicais islâmicos perto da fronteira brasileira
foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Diante da crescente ameaça do islamismo radical na Europa e da aplicação da Sharia — lei islâmica — em territórios europeus, o governo francês anunciou a construção de uma prisão de segurança máxima para confinar criminosos envolvidos com o extremismo religioso. O presídio será erguido em Saint-Laurent-du-Maroni, na Guiana Francesa, território ultramarino da França na América do Sul. O objetivo, segundo o ministro da Justiça, Gérald Darmanin, é isolar permanentemente os principais articuladores do tráfico de drogas e do islamismo violento, que utiliza o crime como meio para impor normas religiosas radicais.

A prisão terá capacidade para 500 detentos e contará com um anexo de 60 vagas sob regime extremamente rigoroso, das quais 15 serão destinadas especificamente a condenados por radicalismo islâmico. A medida é parte da estratégia do governo francês para desarticular redes que, além de operarem no narcotráfico, fomentam atentados e tentativas de domínio territorial com base em preceitos religiosos extremistas. “Minha estratégia é simples — atingir o crime organizado em todos os níveis. Essa prisão será uma salvaguarda na guerra contra o narcotráfico”, afirmou Darmanin ao Le Journal du Dimanche.

A decisão, tomada sem consulta prévia às autoridades locais, gerou forte reação na Guiana Francesa. Jean-Paul Fereira, presidente interino da Coletividade Territorial, criticou a falta de diálogo: “É, portanto, com espanto e indignação que os membros eleitos da Coletividade descobriram […] as informações”, escreveu em nota. A localização, isolada na floresta amazônica, remete à antiga colônia penal que funcionou por um século na região e abrigou presos políticos. Apesar da resistência local, Paris aposta no isolamento geográfico como solução para neutralizar a ação de criminosos ideológicos que ameaçam a segurança da França e a integridade de suas instituições democráticas.

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