O governo do Rio de Janeiro teria avaliado a criação de uma nova secretaria estadual com o objetivo de nomear o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que teve sua licença parlamentar expirada no último domingo (20). A medida, articulada pelo governador Cláudio Castro (PL), poderia permitir que Eduardo continuasse fora do Brasil sem perder o mandato, mesmo diante do risco de cassação por faltas injustificadas na Câmara dos Deputados.
Segundo apuração do RJ2, Castro chegou a convidar Eduardo para assumir a Secretaria de Relações Internacionais, cargo que ainda teria que ser criado. No entanto, para que isso ocorresse, o parlamentar precisaria tomar posse presencialmente, algo que aliados consideraram arriscado. Eduardo está nos Estados Unidos e é alvo de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta coação no curso do processo sobre a narrativa de golpe de Estado em 2023 usada para criminalizar à oposição. A nomeação, se concretizada, poderia ser vista por ministros da Corte como uma tentativa de blindagem jurídica.
Nos bastidores, discutiu-se até uma possível mudança na regra de posse de secretários estaduais, permitindo nomeações à distância, o que exigiria aprovação na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), onde Castro enfrenta resistência. A articulação foi criticada por integrantes do STF e motivou um pedido de medida cautelar apresentado pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). “É uma tentativa de simular vínculo funcional apenas para garantir a permanência irregular de Eduardo Bolsonaro no exterior”, afirmou Farias na petição protocolada junto à Corte.
Segundo o Jornalista Lauro Jardim, Castro já teria recuado do plano.












