A família Bolsonaro se tornou alvo de uma nova investida do Supremo Tribunal Federal (STF) e de parlamentares da esquerda, que tentam barrar sua influência política para 2026. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) denunciou a possibilidade de apreensão do passaporte de seu filho, Eduardo (PL-SP), como uma manobra para impedir sua atuação na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. “A possível apreensão do passaporte do Deputado Eduardo Bolsonaro visa criar constrangimento, ou instruir ação judicial para impedi-lo de assumir a Comissão de Relações Exteriores”, afirmou o es-presidente em sua rede social. O pedido foi feito pelo ministro Alexandre de Moraes, com base em denúncias de deputados petistas.
Além da ofensiva contra Eduardo, Michelle Bolsonaro (PL) também enfrenta uma série de requerimentos protocolados por Lindbergh Farias (PT-RJ) para investigar sua atuação no programa Pátria Voluntária. O petista solicitou à Casa Civil, à Controladoria-Geral da União (CGU), à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal informações detalhadas sobre viagens da ex-primeira-dama, incluindo custos, acompanhantes e justificativas. O programa, extinto na gestão Lula, foi alvo de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou falta de transparência na seleção de entidades beneficiadas e na gestão dos recursos arrecadados.
As investigações incluem ainda a apuração de pagamentos feitos por uma empresa contratada no governo Bolsonaro ao sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, então ajudante de ordens da Presidência. Segundo a Polícia Federal, valores transferidos teriam sido usados para cobrir despesas de um cartão de crédito que teria sido utilizado por Michelle Bolsonaro. O episódio reforça a estratégia da esquerda de utilizar o Judiciário e órgãos de controle para desgastar figuras da família do ex-mandatário, que continuam como principais nomes da oposição para as eleições de 2026.