O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dispõe de “muitas opções” para pressionar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo novas sanções e restrições de visto. Em entrevista ao Financial Times, publicada na segunda-feira (11), Eduardo disse que as medidas devem ser aplicadas caso não seja encerrado o julgamento contra seu pai, Jair Bolsonaro (PL), sobre suposta tentativa de golpe de Estado. Ele defendeu que as ações mirassem inclusive familiares do ministro Alexandre de Moraes, a quem acusa de abusos judiciais.
Eduardo, que está em Washington desde o início do ano, conduz uma campanha de lobby contra integrantes da Corte e o governo Lula (PT), buscando apoio para sanções semelhantes também na Europa. Segundo ele, líderes políticos como André Ventura, de Portugal, e Dominik Tarczyński, da Polônia, já articulam medidas para barrar a entrada de Moraes e congelar possíveis bens no exterior. O deputado ainda ressaltou que pretende levar o caso ao Parlamento Europeu para que as punições sejam ampliadas, alegando que atua para “salvar a democracia” diante do que considera violações de direitos humanos.
Além das críticas ao STF, Eduardo responsabilizou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), pelo cancelamento de uma reunião com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, prevista para quarta-feira (13). Haddad atribuiu a desistência a articulações da direita, mas Eduardo rebateu, dizendo que “não tem como tirar a razão do governo Trump” diante de políticas que classifica como antiamericanas, como a defesa de uma moeda única do Brics e críticas ao presidente norte-americano. O secretário do Tesouro justificou o cancelamento por “falta de agenda”.









