O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou ao Supremo Tribunal Federal sua lista de testemunhas de defesa no processo em que responde por uma suposta tentativa de golpe de Estado. Entre os nomes estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e diversos militares de alta patente que integraram seu governo, como os ex-ministros Eduardo Pazuello e Ciro Nogueira. Bolsonaro também incluiu na lista os ex-comandantes das Forças Armadas, como o general Freire Gomes e o brigadeiro Baptista Júnior, que, segundo a Polícia Federal, teria relatado ameaças de prisão ao então presidente caso houvesse tentativa de ruptura institucional.
A defesa do ex-presidente encaminhou o documento ontem ao STF, após Bolsonaro ter sido intimado enquanto ainda estava internado na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, onde se recupera de uma cirurgia intestinal. No texto, os advogados criticaram a forma como a citação foi feita, alegando que ela contrariou o artigo 244 do Código de Processo Civil e desconsiderou a orientação médica. “Apesar das advertências dos médicos responsáveis pelo tratamento e internação do peticionário, a citação foi realizada”, escreveu a defesa, que alega irregularidade no procedimento adotado pela Corte.
Além de Tarcísio e dos ex-ministros, constam na lista nomes como o ex-diretor do TSE Giuseppe Janino, responsável pelas urnas eletrônicas, e militares como os generais Júlio César de Arruda e Marco Antônio Freire Gomes. A ação penal no STF envolve Bolsonaro e outros sete acusados, que respondem por crimes como tentativa de golpe, organização criminosa e deterioração de patrimônio público.