Deputados alinhados à direita, liderados por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), estiveram em Washington para reuniões com parlamentares republicanos dos Estados Unidos com o objetivo de reforçar ações em defesa do restabelecimento da democracia brasileira. A missão, que contou com a presença do deputado Filipe Barros (PL-PR), resultou na criação de um grupo de trabalho bilateral voltado à troca de informações sobre o cenário político no Brasil. “Combinamos de criar um grupo de trabalho que trocará informações importantes sobre a democracia brasileira e possíveis interferências no nosso processo eleitoral”, afirmou Barros.
Durante a visita, Filipe Barros também se reuniu com o conselheiro sênior do Departamento de Estado dos EUA, Ricardo Pita, e criticou a política externa do governo Lula (PT), classificando-a como um “desastre”. Segundo ele, questões como tarifas comerciais poderiam ter sido resolvidas de forma mais eficaz com uma diplomacia mais ativa. Em entrevista à CNN, Barros declarou: “Estamos fazendo aquilo que o governo Lula deveria estar fazendo: estabelecer relação com integrantes do governo americano”.
Enquanto isso, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, participou de evento em Nova York no qual afirmou ter solicitado apoio dos EUA à democracia brasileira durante o governo Bolsonaro (PL). Sem citar nomes, Barroso relatou que buscou apoio norte-americano por três vezes enquanto presidia o TSE. Para o magistrado, esse respaldo foi relevante, já que “os militares brasileiros não gostam de se indispor com os Estados Unidos”.