Trump justifica tarifaço de 50% contra o Brasil por não ter um bom relacionamento com os EUA

Redação 011
2 Min
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foto: Official White House Photo by Daniel Torok

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na quarta-feira (23) que a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros é parte de uma política comercial direcionada a países que, segundo ele, mantêm relações desfavoráveis com Washington. “Em alguns casos, é 50% porque o relacionamento não tem sido bom com esses países. Então apenas dissemos: ‘vão pagar 50’. É assim que as coisas são”, declarou em evento realizado em Washington. A medida, anunciada em 9 de julho em carta enviada a Lula (PT), entrará em vigor no dia 1º de agosto e é vista como uma reação ao tratamento dado por Brasília ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem Trump afirmou respeitar profundamente e que atualmente seria alvo de perseguição política.

Enquanto países buscam acordos com os EUA, o Brasil tenta evitar o impacto da tarifa com articulações paralelas. O Itamaraty orientou um grupo de senadores que viajará aos Estados Unidos na próxima semana, embora os parlamentares não possam negociar diretamente os tributos. A ideia é alertar sobre os prejuízos para setores da economia americana e reforçar que uma aproximação do Brasil com a China pode ser acelerada caso Washington mantenha a sobretaxação. Até o momento, nenhuma reunião foi oficialmente confirmada.

A equipe econômica brasileira, por sua vez, segue avaliando medidas de resposta. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que teria acesso aos detalhes do plano nesta quinta-feira (24) e que a proposta será apresentada a Lula somente após avaliação conjunta com os ministérios da Indústria e das Relações Exteriores. Haddad confirmou a existência de “tentativas de contatos reiteradas” com o governo americano, mas ressaltou que o acesso direto está concentrado na Casa Branca. A alternativa de recorrer à OMC ou à chamada Lei da Reciprocidade permanece em análise, embora o setor privado demonstre preocupação com possíveis efeitos inflacionários.

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