O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (25) que representantes americanos irão se reunir com autoridades da ditadura iranianas na próxima semana para discutir o programa nuclear da república islâmica. A declaração foi feita durante a cúpula da Otan, em Haia, poucos dias após ataques aéreos dos EUA terem destruído alvos nucleares estratégicos no Irã. Trump minimizou a necessidade de um novo pacto: “Podemos assinar um acordo. Eu não sei. Para mim, não acho que seja tão necessário”, declarou.
Os bombardeios, realizados no sábado (21), utilizaram armamento de precisão contra três instalações subterrâneas e, segundo Trump, forçaram o fim imediato dos combates entre Israel e Irã. “Foi muito severo. Foi uma obliteração”, disse, afirmando que o Irã “quer se recuperar” e não pretende retomar o enriquecimento nuclear no momento. A CIA e a agência de inteligência de Israel corroboraram os efeitos da ação, avaliando que o programa atômico iraniano foi seriamente comprometido, com perdas que levariam anos para serem revertidas.
Entretanto, um relatório preliminar da inteligência dos EUA, obtido pelo New York Times, sugere que os danos causados aos centros nucleares iranianos podem ter atrasado os avanços do regime em apenas alguns meses. Trump rejeitou a avaliação, classificando o documento como inconclusivo: “O local foi totalmente obliterado”, rebateu. Já Rafael Grossi, diretor da Agência Internacional de Energia Atômica da ONU, defendeu uma solução diplomática: “O conhecimento e a capacidade industrial continuam lá. Isso, ninguém pode negar”, disse, reafirmando a necessidade de diálogo com o regime de Teerã.