O principal candidato de oposição na Venezuela, Edmundo González Urrutia, lamentou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que desistiu de enviar servidores para acompanhar as eleições no país. O cancelamento ocorreu após declarações do ditador Nicolás Maduro sobre as urnas brasileiras.
“Lamentamos que não venham presenciar as eleições, assim como a ausência, a pedido do governo, de Alberto Fernández. Isso é um sinal ruim”, afirmou González durante uma coletiva ao lado da líder opositora María Corina Machado.
Segundo a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, em razão das “falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras”, a Corte não enviará técnicos para atender ao convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral do país para acompanhar as eleições, marcadas para o próximo domingo (28).
Em nota, Cármen Lúcia afirmou que a Justiça Eleitoral brasileira “não admite que, interna ou externamente, por declarações ou atos desrespeitosos à lisura do processo eleitoral brasileiro, se desqualifiquem com mentiras a seriedade e a integridade das eleições e das urnas eletrônicas no Brasil”.
Toda essa polêmica se deu quando Maduro disse, sem provas, que os resultados das urnas eletrônicas do Brasil não são auditados. O tribunal brasileiro rebateu essa afirmação.