O preço das passagens aéreas no Brasil disparou 19,03% em novembro, impulsionando a inflação para 0,33%, de acordo com dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (28). O impacto nas finanças do cidadão comum é evidente, especialmente em um momento em que os índices inflacionários estão no centro das preocupações.
O setor de transportes registrou uma elevação de 0,18%, sendo a passagem aérea responsável por um impacto individual de 0,16 ponto percentual no índice do mês. A escalada dos preços, em um contexto de incertezas econômicas, levanta questionamentos sobre a política fiscal do governo Lula (PT).
Chama atenção uma proposta orçamentária para 2024, onde ministros e magistrados teriam o privilégio de receber passagens aéreas semanais, sem a obrigação de justificar compromissos de trabalho. Em um país onde a população arca com o ônus dos aumentos nos custos de vida, essa medida destaca-se como uma amostra de disparidade proposta pelos defensores da suposta igualdade social.
É notável que, enquanto os brasileiros comuns enfrentam o impacto financeiro do aumento nas passagens, os ministros são os únicos contemplados com a possibilidade de viajar sem arcar com prejuízo. Em um momento em que se discute austeridade fiscal, essa medida pode gerar descontentamento na sociedade, questionando a equidade e as prioridades do governo.