Depois que recebeu os repatriados resgatados da Faixa de Gaza em Brasília o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou Israel de praticar “terrorismo”, e disse que o país não considera a presença de crianças e mulheres que não estão envolvidas em conflitos.
Horas antes do discurso, o presidente já tinha sido bastante crítico a Israel. A Confederação Israelita do Brasil, então, publicou uma nota em que considerou a declaração de Lula equivocada.
“A fala hoje do presidente Lula equiparando as ações de Israel ao grupo terrorista Hamas é equivocada e perigosa. Desde o começo dessa trágica guerra, provocada pelo mais terrível massacre contra judeus desde o holocausto, Israel vem fazendo esforços visíveis e comprovados para poupar civis palestinos, pedindo que eles se desloquem para áreas mais seguras, criando corredores humanitários, avisando a população da iminência de ataques”, dizia o comunicado da Confederação Israelita do Brasil.
Antes Lula e seu assessor especial, Celso Amorim, utilizaram a palavra “genocídio” para descrever a ação de Israel.
Chegada dos repatriados
No grupo dos 32 repatriados, além de 22 cidadãos brasileiros há 10 palestinos. Eles estavam no sul da Faixa de Gaza, nas cidades de Khan Younis e Rafah. Demorou um mês para que os repatriados conseguissem deixar o local.