A tensão entre Irã e Estados Unidos atingiu um novo patamar nesta quarta-feira (18), com o Líder Supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, rebatendo veementemente as exigências de “rendição incondicional” feitas pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Em um discurso televisionado, Khamenei foi categórico: “Que os americanos saibam que a nação iraniana não é de se render, e qualquer intervenção militar de sua parte resultará, sem dúvida, em danos irreparáveis”.
Essa é a segunda aparição pública do líder iraniano desde que Israel lançou ataques contra o Irã na semana passada, intensificando a retórica entre as nações. “Aqueles que são sábios e familiarizados com o Irã, seu povo e sua história nunca falam com esta nação na linguagem das ameaças”, alertou Khamenei, após Trump ter declarado, na terça-feira (17), que Khamenei era “um alvo fácil” para os EUA e Israel.
A postura agressiva de Trump, que agora se inclina para o uso de recursos militares contra instalações nucleares iranianas, representa uma mudança significativa em seu pensamento, embora fontes indiquem que ele permanece aberto a uma solução diplomática, desde que o Irã faça concessões substanciais.
Paralelamente, Israel e Irã têm protagonizado uma escalada de ataques militares nos últimos dias, com explosões relatadas em Tel Aviv e incêndios em Teerã. Diante desse cenário, o embaixador iraniano nas Nações Unidas comunicou a Washington que Teerã responderá firmemente caso os EUA se envolvam diretamente na campanha militar de Israel. A embaixada dos EUA em Jerusalém, por sua vez, permanecerá fechada até sexta-feira (20), refletindo a gravidade da situação.
A troca de ameaças e a crescente disposição para o confronto militar entre as potências acendem um alerta global para as consequências de uma escalada ainda maior na região. A insistência do Irã em não se render e a determinação dos EUA em não descartar a via militar colocam a comunidade internacional em estado de apreensão, buscando soluções para desarmar essa perigosa escalada.
