A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), confirmou nesta quinta-feira (14) que Francisco Wanderley Luiz, homem morto em uma explosão em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), havia planejado também um atentado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A revelação veio à tona após Celina declarar, em entrevista ao programa CB. Poder Especial, que mensagens encontradas no celular do homem bomba indicavam suas intenções violentas e extremistas.
O atentado ocorreu na noite de quarta-feira (13) na Praça dos Três Poderes, em Brasília, onde ao menos duas explosões foram registradas. A Polícia Militar e equipes de segurança do STF isolaram o local após uma das explosões ocorrer em frente à estátua da Justiça. Francisco Wanderley Luiz, natural de Santa Catarina, estava envolvido no ataque e foi o único fatalmente atingido. Em uma publicação nas redes sociais, Luiz já havia deixado indícios de sua intenção ao escrever que estava “dentro do STF”.
Além das investigações sobre as intenções de Wanderley Luiz, a situação repercutiu entre autoridades. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, aproveitou a oportunidade para defender a censura dizendo que atentados como o ocorrido reforçam a necessidade de uma regulamentação das redes sociais para impedir “envenenamento constante”. O ministro defendeu que “autoridades públicas, aqueles que defendem a democracia, devem decidir para que haja responsabilização.” Moraes vê nesses atos um sinal de que grupos nas redes têm incitado ações contra instituições, apontando o suposto impacto das mídias sociais em episódios de violência política.