A ex-primeira-dama da Argentina, Fabiola Yañez, revelou em uma entrevista que o ex-presidente Alberto Fernández a obrigou a realizar um aborto durante seu mandato, além de tê-la agredido fisicamente. As declarações de Yañez trazem à tona uma série de acusações graves contra o ex-líder esquerdista, que é aliado político de Lula (PT), e cuja gestão já era criticada pela crise econômica que culminou na vitória de Javier Milei nas últimas eleições.
Segundo Yañez, ela foi submetida a “abuso de poder” e descreveu episódios recorrentes de violência, incluindo agressões que resultaram em ferimentos, como um olho roxo. Em seu depoimento, ela detalhou que o ex-presidente, nos últimos meses de seu mandato, se tornou mais agressivo, o que a levou a se refugiar em uma casa de hóspedes com seu filho e sua mãe. “Eu tinha medo dele. Ele batia na porta aos gritos. Eu não tinha paz”, afirmou Yañez, conforme relatado em seu depoimento.
Até o momento, Alberto Fernández não se pronunciou publicamente sobre as acusações. Aliados do ex-presidente desqualificaram as alegações, sugerindo que se tratam de uma tentativa de prejudicar sua imagem. No entanto, as denúncias de Yañez, que incluem pedidos para que as agressões sejam classificadas como “lesões graves” e “ameaças coativas”, reforçam a gravidade da situação e colocam em xeque a credibilidade do ex-líder, que se apresentava como defensor do feminismo durante seu governo.