Em uma reunião organizada pelo regime iraniano com a comunidade diplomática, Teerã anunciou que retaliará Israel pela morte do líder do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh. O encontro, realizado na segunda-feira (5), contou com a presença do Brasil, um dos poucos países ocidentais com representação em Teerã, evidenciando a relevância do evento e a posição iraniana de que haverá uma resposta, conforme declarou o chanceler Ali Bagheri.
Desde a morte de Haniyeh, na semana passada, em Teerã, as tensões aumentaram. Autoridades americanas alertaram seus parceiros sobre a possibilidade de um ataque iraniano iminente, enquanto buscam recriar alianças capazes de interceptar possíveis ações de Teerã. Paralelamente, a agência Reuters reportou que o presidente russo, Vladimir Putin, teria pedido ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei, para evitar que a retaliação envolva a morte de civis israelenses, devido ao risco de uma guerra regional.
O chanceler Bagheri condenou o ataque como “um recurso ilegal à força”, afirmando que a resposta iraniana será “definitiva e decisiva”. Ele criticou a indiferença da comunidade internacional frente aos crimes cometidos em Gaza e alertou sobre a escalada de violência atribuída a Israel. “A agressão do regime sionista contra cidadãos e interesses iranianos não ficará sem resposta”, declarou Bagheri, destacando que o Irã se reserva o direito de defender sua integridade territorial e soberania.