O PSDB iniciou tratativas com o PSD, liderado por Gilberto Kassab, em busca de alternativas para enfrentar sua crise de representatividade. A aliança pode ocorrer em três formatos: federação, fusão ou incorporação, sendo que cada opção possui implicações diferentes para a estrutura dos partidos. Paulo Serra, presidente do PSDB em São Paulo, confirmou a evolução das conversas e destacou que o prazo para uma definição deve ocorrer até fevereiro. “Precisamos crescer, e a fusão, incorporação ou federação podem ser alternativas”, afirmou Serra.
A articulação ganhou força após os resultados eleitorais de 2024, que acentuaram o declínio tucano, especialmente em São Paulo, tradicional reduto do partido. A possível união com o PSD formaria uma das maiores bancadas no Congresso, superando legendas como o PP. Atualmente, a soma das bancadas dos dois partidos alcançaria 57 deputados e 16 senadores, o que representaria um impacto relevante no cenário político nacional. Governadores tucanos como Eduardo Leite, Raquel Lyra e Eduardo Riedel já foram consultados sobre a proposta, e as conversas iniciais foram consideradas produtivas.
Apesar do otimismo das lideranças, há resistências internas no PSDB, principalmente de parlamentares que temem perder autonomia e controle sobre os diretórios regionais. A federação desponta como uma opção preferida por parte da bancada federal, pois manteria o status partidário. Contudo, Kassab defende que qualquer modelo de união fortalecerá ambos os partidos. “Qualquer aliança com um partido de quadros tão qualificados é positiva”, afirmou o líder do PSD ao Poder360.