A insatisfação crescente do Congresso, com as interferências do Supremo Tribunal, avança a passos largos. Prova disso foi a votação apertada que manteve Chiquinho Brazão atrás das grades. Neste caso em questão, a relevância somada a gravidade contribuiu para que o parlamento fosse ao encontro, e não de encontro, dos ministros da Corte. Mas esse fato dificilmente deve se repetir novamente dentro de um curto espaço de tempo.
Deputados que, naquele dia, votaram a favor da manutenção da prisão, já disseram que mudarão de posição em ocasiões futuras de menor gravidade.
“O que aconteceu ontem foi um 1º passo onde a Câmara decidiu se havia pré-requisitos para o deputado permanecer preso ou solto. Eu penso que pela votação, só foram 20 votos acima do mínimo, a Câmara deixou claro que está incomodada com algumas interferências do Judiciário no seu funcionamento, sem nenhum tipo de proteção a criminosos”, disse o presidente da Câmara, Arthur Lira, no dia seguinte da votação que manteve a prisão do parlamentar.
Um dos principais articuladores do movimento para revogar a prisão de Brazão foi Elmar Nascimento (União Brasil-BA) – o preferido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para sucedê-lo em 2025. Mas outro candidato desponta até mesmo como favorito: é o republicano Marcos Pereira.
Caro leitor, sabe o que ambos os concorrentes ao comando da Casa têm em comum? Eles concordam que não há mais espaço para tamanha intromissão do STF ao que não lhe diz respeito.