O presidente da Colômbia, o ex-guerrilheiro Gustavo Petro, reuniu-se com o ditador venezuelano Nicolás Maduro em Caracas, no contexto das eleições na Venezuela, que tem sido alvo de críticas graças à perseguição do ditador socialista contra a oposição.
Esta reunião marca a quinta vez em dois anos que ambos os líderes se encontram cara a cara, mas desta vez adquire uma relevância especial devido à conjuntura política em que se desenvolve.
O pacto entre Petro e Maduro centrou-se no suposto apoio mútuo à “paz e estabilidade política, social e econômica” em ambos os países. No entanto, por trás dessa fachada de cordialidade, persistem críticas e especulações sobre a postura de Petro em relação ao regime venezuelano.
Durante a reunião, Petro criticou abertamente as restrições impostas à oposição venezuelana para inscrever suas candidaturas nas próximas eleições presidenciais, classificando-as como um “golpe antidemocrático”.
Maduro, por sua vez, não pareceu surpreso com os comentários de Petro, sugerindo que já havia antecipado que ele deveria repudiar as inibições para não ficar mal perante a comunidade internacional. No entanto, essas críticas não se traduziram em ações concretas por parte do presidente colombiano, que expressou seu compromisso com a “paz política” na Venezuela a pedido de Maduro.
Além das questões políticas, foram discutidos temas internacionais como o conflito palestino-israelense, onde houve condenações ao Estado de Israel.
Apesar das “declarações conciliatórias e dos gestos de colaboração”, a realidade mostra uma situação muito diferente; com uma Venezuela ainda em crise econômica, e uma lei antifascista recentemente aprovada que intensificará a perseguição contra a população.