Uma decisão da Justiça Eleitoral paulista ameaça retirar dois nomes da direita da Câmara Municipal de São Paulo. A cassação do mandato de Rubinho Nunes (União), determinada em primeira instância pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, pode resultar na perda automática da cadeira de seu correligionário Adrilles Jorge. Como os 101.549 votos de Rubinho seriam anulados, o União Brasil perderia uma das vagas conquistadas, o que atinge diretamente o mandato de Adrilles, eleito com 25.038 votos.
Rubinho foi condenado por compartilhar, durante 20 minutos, um laudo falso publicado por Pablo Marçal, que associava o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) ao uso de drogas. A pena inclui a perda de mandato e a inelegibilidade por oito anos, mas só passa a valer com o trânsito em julgado da decisão. Para Adrilles, a medida representa mais do que uma punição a seu aliado — trata-se, segundo ele, de um ataque seletivo contra políticos de direita: “Qual a minha culpa? Só acometem as pessoas da direita, é uma perseguição de vários juízes que são, na verdade, carrascos ideopatas”, afirmou.
Adrilles, que tem se destacado por propostas de viés conservador, também está na linha de frente do combate às manifestações antissemitas em instituições públicas. Recentemente, apresentou um Projeto de Lei para punir servidores que participem de atos políticos que promovam discursos de ódio ou relativizem crimes contra a humanidade, após a tentativa de realização de um evento pró-Palestina em unidade municipal. “Se participar, é rua!”, disse o vereador ao justificar a proposta, considerada por seus apoiadores como uma defesa firme dos valores democráticos e da ordem institucional.
