A investigação contra o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, acusado de estuprar e engravidar uma adolescente de 16 anos em 2015, quando ainda estava no poder, elevou a tensão na disputa política entre o líder sindical e seu principal adversário, o presidente Luis Arce. Com a possibilidade da prisão de Evo se fortalecendo, o ex-presidente reafirma que o caso foi ressuscitado para prejudicá-lo, acabar com sua vida e impedi-lo de concorrer contra Arce nas eleições de 2025.
A acusação ganhou força quando o governo de Arce confirmou a investigação contra seu ‘ex-companheiro’ no início do mês. O processo pode levar à prisão de Evo, uma vez que o ex-presidente foi convocado e se recusou a comparecer na última quinta-feira (10). Segundo o Ministério Público, a investigação contra Evo apura os crimes de estupro, exploração e tráfico de pessoas.
O atual ministro da Justiça da Bolívia, César Siles, afirmou que o Ministério Público pode ordenar a prisão de Evo caso ele permaneça com a postura de não prestar depoimento.