A direção nacional do PL acredita que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) deve retornar ao Brasil logo após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), previsto para setembro, segundo levantamento da CNN Brasil. A possível volta está sendo vista como estratégica, especialmente diante de uma eventual condenação do pai pelo Supremo Tribunal Federal. Segundo avaliação interna do partido, caberá a Eduardo articular novas ações em apoio ao ex-presidente, inclusive junto ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com quem tem mantido interlocução direta.
Para integrantes do PL, caso Jair Bolsonaro seja condenado, Eduardo terá a responsabilidade de iniciar um giro nacional para reforçar sua própria imagem como presidenciável em 2026 e tentar transferir o capital político do pai. Dentro da legenda, também se discute a missão de Eduardo de buscar alianças com partidos como Republicanos, União Brasil, PSD e MDB, que hoje demonstram maior simpatia por uma candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Nos bastidores, Jair Bolsonaro tem sinalizado desconforto com a postura cautelosa de Tarcísio e mostrado preferência por Eduardo, impulsionado pelo apoio público de Trump. Eduardo, por sua vez, afirmou nas redes sociais que “esta não será a única novidade vinda dos EUA”, em resposta à nota de Trump classificando a situação de Bolsonaro como “caça às bruxas”. O deputado está nos Estados Unidos desde março e tem evitado detalhar suas movimentações, limitando-se a agradecer o apoio a seu pai.








