O mercado já entendeu que não é possível o governo continuar na gastança, pois o rombo nas contas se aprofunda cada vez mais. A solução brilhante encontrada foi o aumento da arrecadação e do endividamento, prova da incompetência ou da má-fé do poder federal. Os juros subiram e agora a solução é cortar custos, porque não há mais de onde sugar.
Enquanto isso, o IBGE vem criando verdadeiras obras de ficção, divulgando inflação entre 4% e 5%, enquanto qualquer dona-de-casa sabe que a inflação é muito superior. O mercado também constata que os dados maquiados pelo IBGE menosprezam a inteligência do povo brasileiro, e reage.
O poder federal, em retaliação, deve atacar ainda mais o setor produtivo, confiscando renda de quem tem poupança, investe e gera empregos. Essa postura ideológica fez o dólar disparar, pois o setor produtivo considera que o Brasil não é um bom lugar para investir. A perseguição do governo mira pessoas e empresas que podem comprar dólares e sair do Brasil, desacorçoados por não conseguirem equilibrar suas contas.
Adicionalmente, o governo Trump deve fazer o oposto ao governo brasileiro, reforçando sua moeda. Daqui para frente, os recursos que viriam para o Brasil terão como destino os Estados Unidos, uma vez que será um país mais atraente que o nosso. Aliás, o Brasil pode se tornar um dos piores investimentos das Américas, atrás da Argentina e outros países vizinhos.
A população deve sofrer dois impactos diretos e um indireto: o primeiro, nos preços; o segundo, nos juros do cartão; e o terceiro, mas igualmente fatal, no desinvestimento, o que representa menos empregos na livre iniciativa. Claro que o governo estará lá, esperando, magnânimo, para empregar seus apadrinhados no setor público, aprofundando a crise em que estamos mergulhados.
Entretanto, podemos aprender uma lição positiva para os difíceis dois anos que se seguirão: saber que haverá mudanças em 2026, porque a classe média não aguenta mais “pagar o pato” da incompetência, corrupção e ideologia da atual administração do país.