Parlamentares de oposição fizeram duras críticas contra a operação da Polícia Federal que mirou aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) chamou a atenção para as prisões do coronel do Exército, Marcelo Câmara, e do ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, além do presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar da Costa Neto.
“Quando observamos os processos recentes – e isso não é opinião minha simplesmente, basta observar os fatos -, vemos que essa transparência e esse processo jurídico normal não têm sido respeitados no que deveriam ser”, apontou.
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) avaliou que a ação tem o objetivo de mirar quem é contrário ao atual Governo.
“Tudo está sendo misturado para alcançar indistintamente opositores políticos, inclusive o principal partido de oposição. As medidas persecutórias variam segundo as circunstâncias. Estamos caminhando para a implantação de um regime autoritário”, disse.
Já o filho do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), publicou em seu perfil em uma rede social que ‘a política no Brasil hoje é feita no Supremo Tribunal Federal’.
A PF apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Mas o próprio Jair Bolsonaro questionou o motivo dessa operação: “Não entendo tentativa de golpe. Fizemos uma transição sem problemas. A pedido do Lula, nomeei os três comandantes de Força escolhidos por ele em dezembro. Como vou nomear comandante de Força dele e dar um golpe depois?”, pontuou.