O governador Romeu Zema (Novo) lançou críticas contundentes ao Governo Federal durante um debate promovido pela Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB) em Belo Horizonte, ocorrido nesta terça-feira (31). O foco de suas declarações concentrou-se na repactuação do acordo de indenização relacionado ao rompimento da barragem da mineradora Samarco em Mariana, ocorrido em 2015.
Zema acusou o Governo Federal de demonstrar “má vontade” em relação a Minas Gerais, alegando que o processo de repactuação tem enfrentado obstáculos impostos pelo governo central. Segundo o governador, “parece que tudo relacionado a Minas Gerais é alvo de restrições, isso está evidente. Tudo que se destina a cá torna-se mais árduo ou até inviável.”
O governador argumenta que o acordo de indenização é vital para o estado, comparando-o ao acordo firmado no caso do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, que resultou em recursos substanciais para a região. destacando a importância desse acordo para as finanças estaduais.
Por outro lado, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), que é conhecido por sua aliança com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e visto como virtual candidato ao governo de Minas Gerais nas eleições de 2026, proferiu críticas severas à gestão de Romeu Zema, sugerindo que esta resultará em um significativo impacto financeiro negativo para o estado.
As tensões políticas e a competição por recursos entre o governo estadual e o Governo Federal, bem como entre potenciais candidatos ao governo de Minas Gerais, estão evidentes nesse cenário. A repactuação do acordo da barragem de Mariana é só uma das questões centrais e um ponto de divergência, destacando rivalidades políticas entre o governador atual e um dos possíveis aspirantes ao cargo, que no final das contas acaba afetando ao cidadão comum.