A plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, voltou a operar no Brasil após 39 dias de bloqueio. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou o desbloqueio após a rede social cumprir uma série de obrigações, incluindo o pagamento de R$ 28,6 milhões em multas e a nomeação de um representante legal no país. Moraes determinou à Anatel o restabelecimento do serviço, que deve ocorrer gradualmente, conforme as operadoras de internet implementam a medida.
A suspensão da plataforma ocorreu devido ao descumprimento de ordens judiciais sigilosas e à ausência de representação no Brasil. A rede social havia se recusado a cumprir determinações do STF para remover perfis que disseminavam desinformação e manter as ordens sob sigilo, o que gerou críticas entre usuários e a diretoria da empresa. A empresa informou que seu retorno é um passo importante para garantir “o acesso à nossa plataforma indispensável a milhões de brasileiros”, destacando o compromisso com a liberdade de expressão dentro dos limites da lei.
Apesar de a plataforma X ter quitado todas as suas multas e atendido às exigências judiciais, a retomada plena do serviço ainda depende de ajustes técnicos realizados pelas operadoras de telecomunicações. “Cada operadora segue seu próprio procedimento para efetivar a ordem, o que pode levar algumas horas”, explicou Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks ao G1. Entre as operadoras envolvidas, está a Starlink, também de propriedade de Elon Musk, que foi afetada pelo bloqueio inicial determinado pelo STF.