O Senado deve votar na próxima quarta-feira (25) o projeto que aumenta o número de deputados federais na Câmara. A proposta extremamente impopular prevê a criação de 18 novas cadeiras, elevando o total de parlamentares de 513 para 531. Se aprovado, o aumento no número de parlamentares deve gerar um impacto de R$ 65 milhões por ano, segundo cálculos da própria Câmara. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), já se mostrou a favor dessa alteração.
Recentemente, uma pesquisa do Datafolha revelou que 72% da população é contrária a essa medida. Apenas 25% se declararam a favor, enquanto 2% disseram não saber; 1% se mostrou indiferente. O levantamento ouviu 2004 pessoas com dezesseis anos ou mais em todo o país, nos dias 10 e 11 de junho, com margem de erro de dois pontos percentuais.
A criação de novas cadeiras tem como base os dados do Censo 2022, divulgado pelo IBGE, que apontou a necessidade de readequar o número de deputados por estado devido ao aumento da população. Uma das alternativas era redistribuir as vagas existentes, o que faria com que sete estados perdessem representantes, enquanto outros sete ganhariam mais espaço. Obviamente, a maioria dos parlamentares foi contrária ao correto.