Um ataque aéreo de Israel em um campo de refugiados em Rafah, Gaza, matou pelo menos 45 pessoas, provocando a condenação de líderes europeus nesta segunda-feira (27), que pediram a implementação de uma decisão da Corte Internacional para interromper a ofensiva israelense.
O ataque aéreo no domingo (26) incendiou tendas e abrigos improvisados, levando famílias palestinas a correrem para os hospitais para organizar os enterros das vítimas.
Apesar da indignação internacional sobre as mortes de civis, tanques israelenses continuaram a operação nas áreas leste e central de Rafah nesta segunda-feira (27).
O exército israelense afirmou que o ataque aéreo de domingo, baseado em “inteligência precisa”, teve como alvo e morte o chefe de gabinete do Hamas para a Cisjordânia e outro oficial responsável por ataques a israelenses.
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, e o chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell, enfatizaram a importância de respeitar a lei humanitária internacional. O presidente francês Emmanuel Macron expressou sua indignação, afirmando: “Essas operações devem parar. Não há áreas seguras para os civis palestinos em Rafah.”
Autoridades palestinas de saúde relatam cerca de 36.000 mortes desde o início da ofensiva israelense, após um ataque de militantes liderado pelo Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, que matou aproximadamente 1.200 pessoas e resultou em mais de 250 reféns.
O Egito condenou o “bombardeio deliberado das tendas dos deslocados” pelos militares israelenses, descrevendo-o como uma violação flagrante do direito internacional, enquanto a Arábia Saudita e o Catar também condenaram o ataque, alertando que isso poderia prejudicar os esforços para mediar um cessar-fogo e a troca de reféns.