O Kremlin confirmou nesta quinta-feira (14) que ainda há “muitas questões a resolver” antes de uma possível reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ditador russo Vladimir Putin. A declaração ocorre após uma conversa telefônica entre os dois líderes, na qual Trump relatou avanços diplomáticos e comerciais, além de ter mencionado a possibilidade de envio de mísseis Tomahawk à Ucrânia. A reunião pode ocorrer em Budapeste nas próximas semanas, mas ainda não há data definida.
Segundo o porta-voz Dmitri Peskov, os preparativos para o encontro não avançaram substancialmente, e obstáculos logísticos e diplomáticos ainda impedem a formalização da cúpula. A retomada do diálogo entre Moscou e Washington foi acelerada após Trump mencionar o envio de milhares de Tomahawks aos ucranianos. Putin reagiu afirmando que a medida não mudaria o cenário militar, mas causaria “dano substancial” às relações bilaterais. A fala reforça o impacto estratégico da postura firme adotada por Trump.
A reunião entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, marcada para hoje, trata diretamente da entrega dos mísseis. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, afirmou que a simples menção aos Tomahawks já obrigou Putin a buscar negociações. Analistas apontam que a oferta de diálogo do regime russo pode ser uma tentativa de atrasar o envio dos armamentos. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, advertiu que, caso não haja acordo, os aliados americanos aplicarão custos à Rússia.












