A tão polêmica ‘taxa das blusinhas’, como ficou conhecida a medida tomada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em total apoio de Lula, teve uma arrecadação de apenas 25% do previsto. A medida completou um ano e prevê uma tarifa de 20% sobre as compras internacionais de até US$ 50. Tal iniciativa mexeu com o bolso dos consumidores e foi motivo de crise no atual governo petista. Na estimativa da Receita Federal, o valor arrecadado chega próximo dos R$ 175,8 milhões mensais, mas o esperado era de R$ 700 milhões.
Esses números demonstram o que já era óbvio: as pessoas deixaram de consumir. Um levantamento da empresa de consultoria e pesquisa Plano CDE mostra que a taxação sobre compras internacionais afetou sobretudo as famílias de menor renda. Entre agosto de 2024 e abril de 2025, o volume de pedidos feitos pelas classes C, D e E caiu 35% – isso mostra que 14 milhões de brasileiros deixaram de comprar em sites estrangeiros.
Vale lembrar que a aprovação dessa taxa foi bastante tumultuada no Congresso. Essa medida foi incluída no Programa Mover, de incentivos fiscais a empresas do ramo automotivo. Os parlamentares inseriram a matéria como um ‘jabuti’, termo legislativo que se refere à inclusão de um tema não relacionado à proposta inicial.
