O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que está aberto a conversar com Lula (PT), mas até o momento o petista não deu qualquer sinal de boa fé para iniciar o diálogo. Ao ser questionado pela imprensa sobre a possibilidade de contato com o governo brasileiro, Trump foi direto: “Ele pode falar comigo quando quiser”. Apesar do tom cordial, o republicano destacou que as autoridades que atualmente comandam o Brasil “fizeram a coisa errada”, referindo-se à recente imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
A disposição de Trump em conversar não encontrou reciprocidade por parte de Lula, que limitou-se a publicar, horas depois, uma mensagem genérica em rede social, afirmando que o Brasil “sempre esteve aberto ao diálogo”. A falta de um gesto concreto por parte do petista tem sido interpretada como resistência a discutir temas sensíveis, como as denúncias de censura política e perseguição judicial à oposição. Fontes do Itamaraty consideraram o posicionamento de Trump um aceno diplomático, mas admitiram que o Planalto ainda não encontrou meios para estabelecer contato direto com o republicano.
A medida tarifária anunciada por Trump entra em vigor no dia 6 de agosto e foi motivada, segundo a Casa Branca, por práticas do governo Lula que teriam prejudicado empresas norte-americanas e violado princípios de liberdade de expressão, inclusive afetando cidadãos dos EUA. As ações envolvem decisões do Judiciário brasileiro que forçaram plataformas a entregar dados, alterar diretrizes de conteúdo e restringir manifestações políticas de opositores. Apesar das dificuldades diplomáticas, Lula afirmou que há “limite de briga” e que priorizará a defesa da economia brasileira.






