O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (1º) que poderá ordenar uma intervenção militar na Nigéria caso o país africano não interrompa os ataques de grupos extremistas islâmicos contra cristãos. A declaração foi feita após o governo nigeriano negar a existência de um massacre religioso, como apontado por Trump. O republicano também anunciou a suspensão imediata da ajuda humanitária à Nigéria, exigindo que o governo local tome medidas concretas para conter milícias como Boko Haram e Estado Islâmico da Província da África Ocidental.
A ameaça de Trump ocorre em meio à crescente preocupação com a liberdade religiosa na região. Na sexta-feira (31), os Estados Unidos incluíram novamente a Nigéria na lista de “países de preocupação particular” por violações à liberdade de crença. Em publicação no Truth Social, Trump ordenou ao Departamento de Defesa que se prepare para uma ação “rápida, cruel e doce” contra os terroristas islâmicos, caso o governo nigeriano não reaja. Segundo ele, os Estados Unidos entrarão “com armas em punho” para proteger os cristãos perseguidos.
O presidente da Nigéria, Bola Tinubu, reagiu às acusações afirmando que seu país garante constitucionalmente a liberdade religiosa e que não há intolerância institucional. O Ministério das Relações Exteriores nigeriano declarou que continuará combatendo o extremismo e defendeu a manutenção da parceria com os EUA. Atualmente, a presença militar americana na África Ocidental é limitada, com a principal base operacional localizada no Djibouti, na África Oriental, onde estão cerca de 5 mil soldados. A Casa Branca não comentou sobre o possível cronograma de ação militar.











