Tarifa de 50% se aproxima, mas governo não tem interlocução direta com Trump

Redação 011
2 Min
Tarifa de 50% se aproxima, mas governo não tem interlocução direta com Trump
foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

A iminente sobretaxa imposta pelos Estados Unidos já causa forte pressão sobre o governo brasileiro, com empresas do agronegócio, da indústria química e da aviação se preparando para prejuízos bilionários. Com a tarifa de 50% prevista para entrar em vigor no dia 1º de agosto, a chamada “tarifa Moraes” (como foi apelidada por parlamentares republicanos) começa a se aproximar de virar realidade. O governo de Donald Trump justifica a medida como resposta às ações do STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao que classifica como censura às redes sociais americanas no Brasil.

Enquanto Lula (PT) recusa contato direto com Trump, alegando que poderia parecer um gesto de fraqueza, senadores ligados ao agronegócio e à oposição desembarcaram neste fim de semana em Washington para tentar conter o estrago. A missão, que reúne parlamentares como Tereza Cristina (PP-MS) e Marcos Pontes (PL-SP), busca apoio junto a empresários e parlamentares dos EUA para adiar ou amenizar a medida. “Estamos conversando, buscando parlamentares americanos, empresas americanas, agentes do governo americano que podem se sensibilizar com o problema”, disse o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que também cobra ação efetiva de Brasília.

O Planalto já admite que um acordo antes da próxima sexta-feira (1) é improvável e elabora um pacote emergencial para mitigar os impactos econômicos, incluindo subsídios e crédito, mas se recusa a negociar sobre pacificação e liberdade no Brasil. A alternativa de negociação setorial com foco em café, suco e aeronaves é considerada a mais viável, diante do cenário adverso. “Quem deve dialogar é o presidente da República. Ele devia pegar o telefone, ligar para Trump”, criticou Antonio Rueda, presidente do União Brasil. Setores produtivos projetam queda de até 25% nas exportações aos EUA em 2025, enquanto cresce o temor de que o Brasil mergulhe de vez nesta crise diplomática.

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