O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) vai se filiar ao PL em 26 de março. O evento terá a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro. Com a chegada do congressista, o Partido Liberal ficará com 13 senadores, 2 a menos que o PSD, que conta com 15 parlamentares, sendo a maior bancada da Casa neste momento. Em entrevista recente, Izalci disse que uma das suas estratégias ao mudar de partido é viabilizar uma candidatura ao governo do Distrito Federal em 2026.
Com a saída, o PSDB vai ficar com somente um nome no Senado: Plínio Valério (AM), que também é cobiçado por outras siglas. Por ter mandato majoritário, senadores podem trocar de partido no momento que quiserem. Já os deputados, por terem mandato proporcional, só podem fazer a migração durante as janelas partidárias ou com justa causa.
O partido que governou o Brasil por duas vezes, e liderou a oposição ao PT, durante boa parte das décadas de 1990, 2000 e 2010, parece viver o seu pior momento. O PSDB enfrenta uma profunda crise política. Sem direcionamento, a legenda carece de comando interno.
Não há um ponto final para tamanha debandada no Partido da Social Democracia Brasileira.
Não há liderança à altura para honrar o imenso legado de Fernando Henrique Cardoso.
Talvez seja preciso aceitar o fim de uma era. Somente assim para se evitar que o vexame encoberte uma história de vitória, em momentos tão importantes.