Diante da situação crítica das drogas no Rio de Janeiro, o governador Claudio Castro (PL) criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de descriminalizar o porte de maconha. Em declaração nesta quarta-feira (26), Castro afirmou que a medida “cria uma confusão enorme” ao permitir o uso da droga, mas manter proibida a venda. “Se você tem um usuário, você tem a venda. Aí a venda é proibida, mas o usuário é permitido… Então, isso gera uma confusão enorme na vida das pessoas”, disse o governador durante o Fórum de Lisboa.
Castro destacou que a descriminalização da maconha pode agravar problemas de saúde pública, especialmente entre a população jovem e mais pobre. Ele afirmou que, embora as decisões judiciais devam ser cumpridas, é necessário haver uma regulação clara para orientar a atuação das polícias. “Óbvio que a decisão judicial se cumpre, mas a gente espera que haja uma regulação melhor disso para que possamos entender na prática o que tem que ser feito pelas polícias”, afirmou Castro.
Neste contexto crítico, onde o comercio de drogas é usado para financiar atividades criminais, a Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou há um mês a operação ‘Rotas do Rio’, que resultou na prisão de quatro pessoas, entre elas um ex-prefeito de uma cidade do Amazonas, e na apreensão de meio milhão de reais em drogas. A operação desmantelou parte da estrutura do Comando Vermelho, a maior facção criminosa do estado, que atuava em conjunto com a facção Comando Vermelho do Amazonas (CVAM), que se beneficia com a venda de entorpecentes, incluindo a maconha.