Imagens de segurança reveladas nesta semana mostram o momento exato em que três homens encapuzados, armados com um machado, combustível e um celular, executaram um ataque incendiário contra a sinagoga Adass Israel, em Melbourne, na madrugada de 6 de dezembro de 2024. O ato, segundo autoridades australianas, foi financiado pelo regime iraniano, que tem histórico de apoio a ações terroristas, especialmente contra alvos judeus.
O governo australiano responsabilizou diretamente Teerã pela operação, após rastrear o financiamento dos envolvidos. O primeiro-ministro Anthony Albanese afirmou que o ataque foi coordenado a partir do Irã, embora os executores não soubessem quem os comandava. Como resposta, Canberra expulsou o embaixador iraniano e reforçou a segurança em locais de culto judaico. O regime iraniano negou envolvimento e classificou as acusações como infundadas, mantendo sua postura de enfrentamento diplomático.
Além do atentado à sinagoga, outras ações violentas ocorreram na mesma noite, incluindo vandalismo contra um restaurante israelense e pichações em estabelecimentos ligados à comunidade judaica. Um jovem de 20 anos foi acusado formalmente pelo incêndio e pelo roubo do veículo usado na ação. Outro suspeito, de 34 anos, foi preso por um ataque semelhante em East Melbourne. A comunidade local relembrou que o templo já havia sido alvo de incêndio em 1995 e lamentou que, mesmo com reforço na segurança após a guerra em Gaza, não se esperava um ataque dessa magnitude.