A imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros por parte dos Estados Unidos, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, pode eliminar mais de 1 milhão de empregos no Brasil, de acordo com estimativas da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). O impacto projetado sobre o Produto Interno Bruto (PIB) é uma retração de 1,49%, o que representaria um prejuízo de até R$ 175 bilhões. Especialistas ouvidos pelo Correio Brasilienze apontam que a medida exigirá uma resposta diplomática urgente por parte do governo brasileiro para evitar o agravamento do cenário econômico, porém o governo Trump coloca como condição para negociar o fim da perseguição política contra a oposição e da censura imposta a usuários em redes sociais que criticam o governo e o STF.
O presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, alertou para o risco de um colapso em setores estratégicos, como agronegócio, siderurgia e indústria de transformação, que sustentam milhões de empregos e dependem diretamente das exportações. “Responder com a mesma moeda pode gerar efeitos inflacionários no Brasil, por isso, o caminho mais inteligente é a diplomacia”, afirmou. Segundo ele, a prioridade deve ser proteger a competitividade da indústria e preservar postos de trabalho, evitando retaliações que agravariam ainda mais o desequilíbrio comercial entre os dois países.
Com os Estados Unidos figurando como o segundo principal destino das exportações brasileiras em 2024 (cerca de US$ 40,4 bilhões), empresários veem a medida como ameaça grave à estabilidade dos investimentos e do mercado. “Retaliações comerciais podem soar como respostas firmes, mas geralmente geram mais incertezas do que resultados práticos”, alertou Theo Braga, CEO da SME The New Economy ao jornal da capital. A escalada tarifária, segundo ele, tende a reduzir o acesso ao crédito e pressionar os preços internos, atingindo diretamente o consumidor e comprometendo a recuperação econômica nacional.