Rebeldes sírios intensificaram os combates contra o regime de Bashar al-Assad em uma ofensiva que abala a região de Aleppo desde quarta-feira, 27. O grupo Hayat Tahrir al-Sham, ex-afiliado da Al-Qaeda, lidera o ataque, que já resultou em avanços importantes, incluindo a captura de vilarejos próximos a posições estratégicas de milícias iranianas e do Hezbollah. Aviões de guerra russos e sírios responderam com bombardeios pesados no noroeste da Síria, agravando a crise humanitária.
A ofensiva, que já deixou 182 mortos entre rebeldes e forças de Assad, ocorre em meio a tensões crescentes no norte do país. De acordo com o comando militar sírio, os insurgentes usaram armamento pesado para atacar áreas militares e civis, enquanto o grupo rebelde argumenta que a ação é uma resposta à intensificação dos ataques aéreos russos e sírios sobre civis em Idlib. O Observatório Sírio de Direitos Humanos também reportou a morte de um alto oficial iraniano durante os combates, sublinhando o envolvimento direto de forças estrangeiras no conflito.
Em resposta, o regime de Assad acusou os rebeldes de violar zonas de desescalonamento estabelecidas por um acordo mediado em 2019 e reiterou sua intenção de retomar o controle total de Aleppo. O serviço de resgate oposicionista, Capacetes Brancos, denunciou que bombardeios recentes mataram 16 civis na cidade de Atareb, aumentando o número de vítimas civis para mais de 80 desde o início do ano.