O Banco Central (BC) anunciou esta semana medidas destinadas a promover a educação financeira entre os clientes das instituições financeiras, em um contexto em que o debate sobre a intervenção estatal na economia continua aceso. A resolução, publicada no Diário Oficial da União de terça-feira (26), determina que as empresas proporcionem conteúdos voltados para a organização do orçamento pessoal, a formação de poupança e a prevenção à inadimplência.
A iniciativa de educação financeira, embora louvável em seus objetivos, coloca em evidência a preocupação sobre a condução da economia. O objetivo declarado pelo Banco Central é empoderar os cidadãos no domínio da gestão financeira, e com isso, as instituições devem garantir um amplo alcance das ações, disponibilizando conteúdo e ferramentas de acordo com as características e necessidades específicas dos clientes.
Vale destacar que o presidente do Banco Central, Roberto Campos, nomeado pelo ex-presidente Bolsonaro (PL), é conhecido por manter uma visão econômica alinhada com princípios liberais, em contraste com as propostas do atual governo. Isso levantaria preocupações no governo Lula (PT) sobre o possível entendimento do cidadão sobre economia, uma vez que a educação financeira poderia ser instrumentalizada para moldar a opinião pública sobre questões econômicas e, consequentemente, influenciar os votos contra quem toma decisões em desfavor do país.