O Partido dos Trabalhadores avalia que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) poderá disputar a Presidência da República em 2026, apesar de sua declaração recente de que pretende buscar a reeleição. Diante dessa possibilidade, lideranças ligadas a Lula articulam a candidatura do ministro Fernando Haddad (PT) ao governo de São Paulo, visando garantir um palanque estadual competitivo. O movimento é interpretado como tentativa de conter o avanço da direita no maior colégio eleitoral do país, onde o PT nunca venceu uma disputa estadual.
A expectativa entre aliados do petista é que, mesmo com Tarcísio no páreo pela reeleição, Haddad ou o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) possam representar o campo da esquerda na disputa paulista. A performance de Haddad em 2022, com 45% dos votos válidos, é vista como trunfo para repetir a estratégia. Alckmin, por sua vez, governou o estado por quatro mandatos e cogita disputar o Senado, caso não permaneça na vice-presidência. A decisão final dependerá de uma eventual convocação direta de Lula, que busca consolidar sua base em São Paulo.
Enquanto isso, pesquisa divulgada nesta quinta-feira (9) pelo instituto Quaest mostra Lula liderando todos os cenários para 2026, inclusive contra Tarcísio, que aparece como o nome preferido do Centrão. A vantagem do petista sobre o governador paulista subiu de quatro para 12 pontos percentuais desde julho, após medidas de pressão adotadas pelo governo Trump contra produtos brasileiros. No campo da esquerda, o único nome que se colocou à disposição até o momento para disputar o governo paulista foi Márcio França (PSB), embora sua candidatura não empolgue o PT, que o considera menos competitivo.










