O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado de seu cargo depois de uma megaoperação conjunta entre a Controladoria-Geral da União e A Polícia Federal. Há suspeita de um esquema bilionário para descontar valores mensais de aposentados e pensionistas com falsificação de assinaturas. Os desvios, conforme as investigações, podem chegar a R$ 6,3 bilhões.
Além do presidente, outros cinco servidores do órgão foram afastados por determinação judicial. O diretor de Benefícios e Relacionamento do INSS, Vanderlei Barbosa dos Santos, também é alvo da ação.
“O que apuramos é que a maioria dessas pessoas não tinha autorizado esses descontos, que eram em sua maioria fraudados, em função de falsificação de assinaturas e de uma série de artifícios para simular essa que não era uma vontade real dessas pessoas”, disse o ministro da CGU, Vinícius Carvalho.
Glauco Wamburg tomou posse como presidente do INSS em julho de 2023. Quando assumiu a função, havia uma fila de requerimentos com 1,7 milhão de pessoas. O último Boletim Estatístico da Previdência Social indica que 2024 fechou com mais de 2 milhões de requerimentos.
Wamburg é filiado ao PSB e foi indicado ao cargo pelo presidente do PDT, Carlos Luppi. Ele participou da equipe de transição formada por Lula em 2022.